sexta-feira, 29 de setembro de 2006

festa de 9 anos da Obra

Sim, um pouco atrasado. Sou um rapaz ocupado.










Sábadão é dia de sair e fazer valer a ralação durante a semana. Você olha as suas opções e descobre que no mesmo dia em que a Obra comemora seus 9 anos o papito Supla discoteca na Mary In Hell. Uhm... Definitivamente seria bastante divertido ver dando uma de DJ o cara que:

a. pegava a Angélica em filme dos Trapalhões;
b. pegava a Bárbara Paz na Casa dos Artistas;
c. é o punk mais playboy do país;
d. fez alguns dos clipes mais ridículos que já vi;
e. canta green hair.

Mas a possibilidade de ver 4 shows alternativos interessantes em um mesmo local não poderia ser desperdiçada.


Os shows em questão eram os das bandas mineiras Monno e Valv, os goianos Hang The Superstars (o melhor nome de banda nacional) e o ícone do punk brega, Wander Wildner.
Escolhido o que fazer, você vai, vê os shows em um Lapa Multishow não muito cheio (ao contrário das festas de aniversário da Obra anteriores, ano passado com Matanza e em 2004 com Fogotten Boys como atrações principais) e pretende escrever em seu blog como foi, impressões sobre as bandas, etc.

Mas você tem uma vida corrida, você trabalha, você estuda, você tem que escrever o piloto da sua coluna, você está preocupado com as matérias que você não gravou para a aula de rádio e que já somam 5 ou 6, você tem vários álbuns recém-baixados para escutar, você tem livros para terminar de ler, você tem músicas para terminar de produzir, você tem idéias a elaborar, você tem que comer e respirar, você tem que atender os chatos que te chamam no portão, você tem que se preocupar com o aquecimento global, você tem que apagar os recados do seu orkut, você tem que mexer compulsivamente no seu del.icio.us, você tem que procurar por vídeos do the Cumshots, você tem que dormir, você tem que chorar pela criancinha que cai no poço do filme da sessão da tarde e você tem que acordar cedo, bem cedo.

Então, por que gastar tão precioso tempo com isto?

domingo, 24 de setembro de 2006

Mombojó e Cordel Do Fogo Encantado em Belo Horizonte!

Show do Mombojó e Cordel Do Fogo Encantado em novembro no Lapa Multishow, Belo Horizonte.

Será a segunda vez este ano que ambas as bandas se apresentam em BH. O Cordel se apresentou à poucas semanas na Praça da Estação, no Festival de Bonecos e o Mombojó fez dois shows seguidos (que eu vi!) no Teatro da Biblioteca Pública, em Maio.

Vale muito a penas ir.

domingo, 10 de setembro de 2006

Campari Rock BH

Desta vez não dei bobeira e vou logo contando como foi a edição mineira do Campari Rock, ontem, com shows do Digitaria, The Cardigans e Gang Of Four.

Em um hiper resumo, os shows seriam descritos assim:

digitaria

Digitaria: mediano. Uma espécie de Montage sem graça ou uma P.U.T.A. mais electro, tocando para alguns poucos frequentadores da Up! que rebolavam na frente do palco.


cardigans

The Cardigans: ótima apresentação, baseada no último e melhor álbum da banda, Super Extra Gravity. Rock pop fofo, simpático e competente.


gang of four

Gang Of Four: sem dúvida o show mais animado da noite. Os tiozinhos ainda têm bastante fôlego, inclusive para mandar a “dança do macaco” durante todo o show. Em certo ponto o som chegou a ficar um pouco repetitivo, mas só de ver o pessoal tão animado (público e banda) você simplesmente se deixava entrar no clima e aproveitar o anfetamínico show da banda.


Pronto. Agora posso desandar a escrever bobagens até retornar aos shows em si no fim do texto.


Muita gente dizia que o Campari Rock em Belo Horizonte seria um fracasso, que não teria público, etc. A meu ver, não foi um festival (dá para chamar 3 shows de festival?) super bem sucedido, mas de longe também não foi um fracasso. Pouco mais da metade da pista do Chevrolet Hall estava cheia e alguns gatos pingados se espalhavam pelas arquibancadas, enquanto algumas pessoas, acreditem, até “assistiam” aos shows dos banheiros! (sim, é verdade, mas não me pergunte detalhes...).


Agora, um dos momentos mais incríveis me aconteceu pouco após entrar e pegar minha dose gráis de Campari com energético. Ao fundo da pista, enquanto o Digitaria começava seu show, Ele, uma das maiores lendas da música mundial, passava ao meu lado, com um longo e cinematográfico sobretudo, acompanhado de duas mulheres rumo a arquibancada. Ele, o ídolo de Wayne Coyne, Beck e Kurt Cobain, o homem que pulou do 3º andar de um prédio e não morreu, o amigo do Lobão e do John do Pato Fu, o cara que comia a Rita Lee quando ela ainda era comível, um dos responsáveis pela maior banda brasileira de todos os tempos, o homem que...bem, chega! Ali estava Arnaldo Baptista, membro da antológica banda Os Mutantes, que retornou este ano para alguns shows na Europa e Estados Unidos.

Por um breve momento fiquei imóvel, sem conseguir pensar. Apenas acompanhava com os olhos aquela personagem história se mover com dificuldade até a arquibancada. Até que um solitário pensamento me vem à mente: “se eu pudesse vender momentos, este me renderia uma boa grana”. Ah, sim, o capitalismo. A vida se resume a isto.


Acabado o momento Caras-junkie-hippie, voltemos à música.


digitaria

Digitaria é um dos grupos mais falados da cena electro rock brasileira e também um dos que obtém maior destaque no exterior, mesmo que entre um público extremamente restrito (à cena electro underground). Ao vivo o mini-hype em torno da banda não se justificou. Mesmo durante a curta apresentação na abertura da edição mineira do Campari Rock, foi difícil para a banda empolgar o público, com exceção de meia-dúzia de frequentadores da Up! já citados anteriormente.

digitaria

Porém nada disso parecia alterar o hiper afetado vocalista da banda, pulando como um macaco durante todo o show vestido apenas de uma cuequinha apertada (ui!), mesmo durante as partes calmas das músicas. Que bom que ao menos ele se anima...


Sobre o Cardigans, uma coisa importantíssima precisa ser dita: a vocalista Nina Person é a cara da Kirsten Dunst, a "namorada" do Homem-Aranha. Sério.

cardigans

E sobre o show? O baixista de feições rechonchudas é a simpatia em pessoa, Nina Person é uma das pessoas mais brancas que já vi e o guitarrista fez a alegria das meninas, com seu terno de bolinhas e o topete armado.

cardigans cardigans

A banda é competente no palco e tanto as músicas do Super Extra Gravity quanto as do Gran Turismo funcionam muito bem ao vivo. Tirando o mega hit Lovefool, os momentos de maior empolgação foram em I need some fine wine and you, you need to be nicer, Godspell, Hanging around, Erase / Rewind e no final irrepreensível com My favourite game.


Já a apresentação do Gang of Four pode ser resumida em 4 tópicos, sem mais explicações:

* dança do macaco

* pós punk

* distorção

* Damage Goods

Simples de imaginar, não?

gang of four


Ps.: Campari tem gosto de novalgina.

sexta-feira, 8 de setembro de 2006

choose life.

Após 3 semanas no novo trabalho meu organismo já parece se acostumar e meu tempo está melhor organizado agora. Para os que não sabem, agora trabalho no Cinema Em Cena, o maior site especializado em cinema do país. Era para a nova versão do site estar online desde a última segunda, mas uma série de problemas fizeram com que a estréia definitiva fosse adiada para meados de outubro. Enquanto isto o layout antigo continua no ar. Eu sei que você acha o visual do site feio [eu também] mas o conteúdo é muito bom. E a nova versão será simplesmente muito, muito fóda.

Além de trabalhar com cinema seja de certa forma um sonho realizado, o ambiente de trabalho é ótimo e a cada dia conheço muitas coisas interessantes. Sem contar os vários ingressos que ganho para ir ao cinema. Nestas últimas semanas fui, na boiada, ver: Silent Hill (única boa adaptação de video game, muito mais podre e pesada que o padrão do terror teen); Free Zone (oh, os filmes de arte); A Casa Monstro (as animações da Pixar são muuuito melhores e mais inteligantes) e O Maior Amor do Mundo (sabe que é até legalzinho? Tirando os clichês e a pieguice...). E ainda estou com os ingressos para ver Click, Anjos do Sol e.... (sic) A Casa do Lago (sim, esse é podreira, mas talvez seja bom ao menos para me dar algo sobre o qual falar muito mal depois).


Devido ao pouco tempo livre tenho escrito menos aqui, mas aos poucos vou colocando algumas coisas.


O show do Slayer no último final de semana foi bacana, apesar de eu não me lembrar muito bem. Mas as histórias da noite, ah, estas sim, estão claras na minha mente e são, sem dúvida alguma, históricas. E ótimo material para futuras investidas à la Hunter Thompson.


Eu tenho uma ótima foto para postar que tirei durante um show do Mukeka Di Rato algumas semanas atrás, mas ela terá que esperar.


Ótima notícia: show do Gram na Obra dia 21. Finalmente!

E próximo sábado tem Campari Rock em BH. Provavelmente não terá nem 3 mil pessoas (foram colocados 5 mil ingressos à venda), mas torço veemente para que não seja um fracasso, pois assim BH não fica (ainda) mais de fora do circuito de shows internacionais de médio porte no Brasil.

Estou realmente a fim de ver o show do Cardigans. O último álbum deles é muito bom, sem dúvida o melhor de toda a carreira da banda. E a oportunidade de assistir ao Gang Of Four é única e indispensável, não pela qualidade da banda, mas sim pela sua importância.


Sabe o que precisa acontecer logo? Outra festa do Mazzacane.


Oh, e já ia esquecendo. Segunda-feira no Centro de Cultura da rua da Bahia, Belo Horizonte, passará o incrível Donnie Darko, meu filme favorito, às 19 horas. Quem ainda não viu e estiver de bobeira, passe por lá.


E sobre o Indie deste ano? Vi um filme muito bom, Aconteceu Perto da Sua Casa, da Bélgica. Um documentário fictício sobre um assassino com teorias de controle social que lembra bastante o Begbie de Trainspotting (porém menos ignorante). Ao fim do filme uma das primeiras coisas que me veio à cabeça foi: Laranja Mecânica.

sábado, 2 de setembro de 2006

tudo de graça!

A gravadora Universal, maior do mundo, anuciou esta semana que liberará todo o seu catálogo na internet para download gratuito. A atitude foi tomada como tentativa de combater a pirataria e desbancar o iTunes, maior loja de músicas online.
De acordo com a notícia publicada na terça-feira pelo jornal Financial Times o novo serviço, chamado SpiralFrog, será baseado na publicidade para gerar receita, ao contrário da grande maioria dos serviços de venda de música atuais. Os responsáveis pelo SpiralFrog já entraram em contato com outras grandes gravadoras, como Sony e EMI.
A previsão é de que o serviço entre no ar em dezembro, apenas nos EUA e Canadá. Ou seja, arrume um IP de lá ou continue usando o rapidshare e seus programas de torrent.
Só para se ter uma idéia do que isso significa, eis algumas bandas que terão as músicas disponíveis para download: