segunda-feira, 10 de abril de 2006

# 12. miniotário

P.U.T.A. no YouTube - - - - O cocô do Amarante é lindo - - - - Baixa no Udora e turnê cancelada - - - - Phil Anselmo no Alice In Chains? Não. - - - - War at the Mystics: Flaming Lips - - - - O "novo" Silverchair - - - - Jason Lee e Steve Carrel no FX - - - - 6 º Primeiro Campeonato Mineiro de Surf - - - - Shows do Mombojó em maio



Vídeos da P.U.T.A. no YouTube!
Até agora, apenas os vídeos de "Requiem for a dream" e o de "La belle...".
"Requiem..." foi o primeiro vídeo da p.u.t.a. e "La belle..." é o mais recente, ambos feitos por mim (eu tinha que falar...).

Requiem For A Dream

La belle...



O cocô do Amarante é lindo!
Poderia acabar por aqui minha resenha do show do Los Hermanos no último sábado, dia 08, no Chevrolet Hall. É exatamente esta a impressão que tive sobre o que os fans pensam da banda e do show, por tabela.
A qualquer momento, se Rodrigo Amarante ou qualquer um de seus irmãos abaixasse as calças e simplesmente cagasse no palco à la Mike Patton, não seriam pouco(a)s o(a)s idiotinhas a gritar "lindo!", "fóda!" e "eu quero!".
É incrível como uma banda lança um álbum pior que o anterior mas ainda assim cosegue atrair ainda mais público para seu show. Dos 5 shows que vi da banda, o de sábado foi sem dúvida o mais cheio. E isso significa: mais proto-groupies imbecis se esgoelando desafinadamente do seu lado; mais imbecis querendo barrar sua passagem; mais estúpidos sobre os ombros de outra pessoa tampando a vista de todos que estão atrás e um inferno a ser percorrido quando se está com a bexiga estourando e necessita urgentemente ir ao banheiro mais limpo das casas de show da cidade.



Eu adoro Los Hermanos, que fique claro. Mas odeio a idiotização gerada em torno de bandas aclamadas pelo público (e/ou crítica).
Amarante e Camelo se vestem como meu pai. Você vê o meu pai e pensa "Velho ultrapassado!". Você vê os hermanos e diz "Ai que lindo! Eles têm tanto charme!". Putz.
Sem contar o fato mais óbvio de que a adoração altera o julgamento. Em algumas das músicas mais recentes, mais calmas, em que era quase possível dormir em pé em frente ao palco, pessoas até dançando. Coloque uma banda nova tocando a mesma canção e ninguém dará a mínima. Mas são os Los Hermanos...

Em relação aos shows antigos da banda, nenhuma grande novidade. Infelizmente não tocaram "Quem Sabe?" e nem "Horizonte Distante", mas tocaram duas do quase-renegado primeiro álbum da banda.
Como de costume, poucas palavras tocadas com o público, mas a cada "ops" que Camelo ou Amarante soltavam no microfone, os gritinhos irritantes percorriam o ambiente. Tsc Tsc.
Esse povo merece mesmo é comer bosta.



Udora cancela tour nacional
Devido à saída do baterista Jean Dolabella, a Udora cancelou sua turnê nacional, que se realizaria durante o m6es de maio. Segundo informações do site da banda, eles não teriam tempo suficiente para conseguir outro baterista para a turnê no Brasil.
A saída de Jean é justificada por "diferencas irreconciliaveis, tanto na esfera pessoal quanto profissional", de acordo com o vocalista Gustavo Drummond. Alguém duvida de que um dos principais motivos da saída é a insatisfação por parte do baterista com o rumo pop que a Udora vem seguindo? Eu não.

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Phil Anselmo no Alice In Chains? Não.
Como você já deve saber, o ex-vocalista do Pantera, Phil Anselmo, se apresentou junto aos integrantes remanescentes do Alice In Chains em um show de tributo à banda Heart. No show Anselmo cantou duas músicas do AIC: "Them Bones" e "Would?".
Até alguns meses atrás os boatos eram de que o Alice In Chains voltaria a ativa com Maynard James Keenan, do Tool e A Perfect Circle, nos vocais, mas o lançamento do novo álbum do Tool no próximo mês acaba com este boato (ao menos por um bom tempo).

Agora foi divulgado que o Alive In Chains fará mais de 20 shows pela europa e o vocalista convidado não é nenhum dos citados acima e sim o desconhecido William Duvall, membro da banda de apoio de Jerry Cantrell em sua carreira solo.
Dá uma certa decepção. Seria tão interessante ver Phil Anselmo ou o Maynard cantando "and we die young..."



Agora que já passou um tempo desde que a minha resenha do novo álbum do The Flaming Lips foi publicada no Pílula Pop, coloco aqui a versão não-editada da mesma, aproveitando que o cd foi lançado na semana passada.

Flaming Lips. War At The Mystics

Desenhos animados (e alguns games) têm uma clara conexão com as drogas. Afinal, qualquer pessoa de bom senso percebe que aquele alucinado pica-pau de cabelo vermelho é um grande usuário de anfetaminas. É óbvio que o "inocente" Tio Ted é um ex-hippie traficante e que seu sobrinho Bob tem altas viagens tomando os ácidos que o titio esconde na gaveta (oh, o fantástico mundo...). Os irmãos bigodudos mais famosos do Super Nintendo não vivem sem um cogumelo (literalmente). E a esponja falante e a estrela do mar mais legais da tv, além de gays enrustidos, são usuários de um amplo coquetel de substâncias ilícitas que faria inveja até a Hunter Thompson e seu "advogado" Dr. Gonzo.

Aceitando-se esta verdade até então negada por muitos, War At The Mystics, novo álbum dos americanos do The Flaming Lips, torna-se a trilha sonora perfeita para as aventuras "alucinadas" (perceba o duplo sentido) destes personagens. Ainda mais se levarmos em consideração de que estamos falando de uma banda que coloca dezenas de pessoas vestidas de bichinhos de pelúcia para pular no palco durante seus shows e cujo vocalista tem uma arma de serpentina, anda sobre a platéia dentro de sua bolha de plástico tirada diretamente dos desenhos animados e que faz um filme chamado "Christmas On Mars". Pois é.



Mais animado e rocker do que seus dois álbuns antecessores (The Soft Bulletin, de 1999 e Yoshimi Battles The Pink Robots, de 2002), War At The Mystics traz, como de costume em se tratando de Flaming Lips, muita esquisitice, barulhos indecifráveis, sons que parecem vir de brinquedos (e talvez realmente venham), letras estranhas e títulos incríveis para as músicas, como "Free Radicals (A Hallucination Of The Christmas Skeleton Pleading With A Suicide Bomber)".

Com um super estúdio e tempo ao seu dispor, somados a ajuda do produtor Dave Fridmann, o Flaming Lips pôde criar um super produção da esquisitice. Mas não espere um Kid A da banda. Ao mesmo tempo em que conseguem soar experimentais e fazer algo novo, estão sempre acompanhados de belas melodias.

É um álbum menos progressivo e mais rock que os anteriores, com uma pegada ainda maior de space rock e intervenções eletrônicas.

Logo na abertura, com "The Yeah Yeah Yeah Song...(With All Your Power)", seu rosto se contorce e você pensa ter baixado um arquivo corrompido, mas essa impressão vai logo pelos ares assim que os gritos afetados de Wayne Coyne dão lugar a uma bela melodia pop e você se vê batendo o pé no ritmo da música e balançando a cabeça, acompanhando a guitarra saturada de phaser do refrão.

A faixa seguinte, "Free Radicals (A Hallucination Of The Christmas Skeleton Pleading With A Suicide Bomber)", além de ter um ótimo nome, é pura subversão do rock setentista, inspirada em um sonho (ou pesadelo) de Wayne com o hippie de boutique Devendra Banhardt e homens-bomba.

Seguem-se a animadinha "The Sound Of Failure / It's Dark...Is It Always This Dark??" e a calma "My Cosmic Autumn Rebellion (The Inner Life As Blazing Shield Of Defiance And Optimism As Celestial Spear Of Action)".

O álbum inteiro segue esta lógica, alternando momentos mais calmos, de psicodelia space rocker progressiva (uh!) com músicas mais animadas, que só podem ser classificadas como "freak pop". Aliás, a meu ver, esta seria a única classificação cabível ao álbum. Afinal, o que combina mais com músicas como "It Overtakes Me / The Stars Are So Big...I Am So Small...Do I Stand A Chance?" e "The W.A.N.D. (The Will Always Negates Defeat)", ambas pop na essência, mas imersas em um caldeirão de aberrações sonoras? Freak pop. Ou melhor, freak "pop".

O que pode parecer controverso para muitos ("experimentalismo com pop?", perguntam-se), acaba tornando-se uma das maiores qualidades de At War With The Mystics: a capacidade de explorar as possibilidades sem soar inacessível. Ora, fazer barulhos desconexos, cantar sobre coisas sem sentido e chamar tudo isto de "experimental" pode ser feito por qualquer idiota presunçoso. Já o que faz o Flaming Lips...



Para os preguiçosos downloaders, eis dois exemplos das duas faces de War At The Mystics: "Pompeii am Götterdämmerung" (parte progressiva/psicodélica/space rock) e "The Yeah Yeah Yeah Song...(With All Your Power) (da parte "freak pop").

Com lançamento marcado para 3 de abril, War At The Mystics, décimo segundo álbum da banda, revela uma banda coesa e preparada, buscando se divertir, explorando tudo que tem ao seu alcance para alcançar seu objetivo.

Eu, sinceramente, espero que a fome de Wayne Coyne, Steve Drozd e Michael Ivins por diversão demore a ser saciada. E vida longa ao freak pop.



Veja o "novo" Silverchair
Abrindo uma exceção em mais de um ano, enfim publicarei uma foto de banda sem um belo X no rosto de seus membros. Tal honra cabe ao Silverchair, que está gravando o novo álbum depois de 2 anos parado.

Em entrevista recente os membros da banda afirmaram que o álbum terá uma sonoridade que lembra a mistura de do ótimo Freak Show [segundo álbum da banda] e Diorama [quarto e mais recente lançamento dos australianos]. Ou seja, parece que vem peso orquestrado.
A julgar pela foto, parece uma banda da década de 70. Resquícos grunges, orquestrações à la Van Dyke Parks e psicodelia?
Durante as gravações do novo álbum a banda disponibilizará um novo vídeo a cada semana em seu site oficial. São bem curtos, cerca de 1 minuto e meio cada, mas interessantes para os fans.

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Estréias no FX: My Name Is Earl e The Office
Estrearam no último domingo duas séries bacanas no canal pago FX: My Name Is Earl e The Office.
A primeira vai ao ar todos os domingos às 21 hrs e tem como protagonista o ótimo Jason Lee (MallRats, Dogma, Almost Famous e o clipe de 100% do Sonic Youth, ele é o carinha que fica andando de skate). O Earl que dá nome à série é um vagabundo imbecil que vive dando pequenos golpes, até o dia em que ganha na loteria mas é atropelado e perde o bilhete premiado. Ele então "percebe" que as coisas dão errado para ele porque ele faz coisas ruins para as pessoas e resolve fazer uma lista com dezenas de coisas que deve consertar para ter uma vida boa. Entre essas coisas ruins feitas por ele está transar com uma mulher perneta apenas para roubar seu carro. Precisa mais?
Só um detalhe idiota: na vida real, Lee nomeou seu filho "Pilot Inspektor".

"My name is Earl, motherfucker!"

Já The Office é a versão americana da série inglesa de mesmo nome. Protagonizada por Steve Carrel (O Virgem de 40 Anos, A Lenda de Ron Burgundy), a série se passa em um escritório de uma empresa que vende papel e mostra o dia-dia de seus funcionários, em uma mistura de non-sense com falso documentário. O melhor é o personagem de Carrel, o chefe do escritório: um idiota totalmente sem noção que se acha engraçado e que acredita estar ajudando seus colegas de trabalho com seus comentários estúpidos.
Vai ao ar logo após My Name Is Earl, às 21:30.



6 º Primeiro Campeonato Mineiro de Surf na Obra
Começa nesta quarta, dia 12. Eis a programação completa:
* Quarta, 12/04
Shows: Reverb All Stars (MG) / Esquadrão Relâmpago: Monster Surf (MG)
DJ's: Big Paul the Monster e Arroz - - - - Horário: 22:00h - entrada: R$ 7,00
* Quinta, 13/04
Shows: Mordeorabo (MG) / Caipirinhas (MG) / Os Pazuzus (RJ)
DJ's: André Brain Error e Danelectro - - - - Horário: 22:00h - entrada: R$ 10,00
* Sexta, 14/04
Shows: Lava Jets (MG) / thesurfmotherfuckers (MG) / Macaco Bong (MT) / Go! (RJ)
DJ's: LeSado (SP) e Mocotó - - - - Horário: 22:00h - entrada: R$ 10,00
*Sábado, 15/04 [neste dia os shows rolam no Lapa Multshow, já que lá cabem mais pessoas]
Shows: PROA (MG) / La Pupuña (PA) / Estrume'n'tal (MG) / Retrofoguetes (BA) / Autoramas (RJ)
DJ's: BigBross (BA) e Capitão Insano - - - - Horário: 21:00h - entrada: R$ 15,00

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7 músicas para você ouvir: covers
* MOGWAI tocando "don't cry" do Guns 'N Roses
* GIRLS AGAINST BOYS tocando "she's lost control" do Joy Division
* ORGY tocando "blue monday" do New Order
* TOOL tocando "no quarter" do Led Zeppelin
* PLACEBO tocando "bigmouth strikes again", The Smiths
* SILVERCHAIR tocando "minor threat" do Minor Threat
* MARILYN MANSON tocando "suicide is painless" do Nick Drake

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agenda MOMBOJÓ - maio:
DIA 12 SHOW EM RIBEIRÃO PRETO
DIA 17 PORTO ALEGRE
DIA 18 FLORIANOPOLIS(À CONFIRMAR)
DIA 19 CURITIBA
DIA 20 SÃO PAULO (SESC POMPEIA)
DIA 26 RIO DE JANEIRO
DIA 27 BELO HORIZONTE
DIA 28 BRASILIA

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ouvindo:
Elliot Smith
Galaxie 500
Silverchair . Diorama
Blur

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