domingo, 18 de março de 2007

sobre a entrevista

Apesar de eu ter sido filmado de perfil (um absurdo), até que a entrevista na TV, no programa Caleidoscópio, foi bacana. Mesmo considerando que o apresentador/entrevistador confundiu o que era a P.U.T.A. com o Meio Desligado e que não houve muito tempo, nem condições, de um debate mais profundo sobre direitos autorais na internet (o tema do programa).

E mesmo sendo uma abordagem superficial do assunto, é interessante que ao menos aja espaço para essa questão na TV aberta. Torço para que o programa caia no YouTube, mas acho meio difícil.

O melhor, na realidade, para mim, foi o papo que bati com o Sérgio Rosa, do Overmundo, na saída do programa. Eu indiquei o Sérgio para a produtora do programa e nós, de certa forma, montamos a linha "vanguarda na internet" e "novos formas de direitos autorais" durante o programa. Na hora de ir embora eu preferi pegar um outro ônibus e, por causa disto, ter de andar uns 10 minutos a mais até chegar na faculdade, só para trocar umas idéias com ele. E realmente valeu a pena.

De histórias da época em que o show do ...And You Will Know Us By The Trail Of Dead foi cancelado em BH e ele acabou indo dormir no apartamento da Clarah Averbuck em São Paulo (no início do hype superestimado da moça), perdendo o show da banda e terminando a noite no mesmo táxi em que o Conrad Keely (vocalista, guitarrista e baterista da banda) até a diversas considerações sobre as recentes evoluções tecnológicas, ferramentas da web 2.0, creative commons vs copyright, consumo de música, etc.

Uma das conclusões a que cheguei durante a conversa é que, definitivamente, não existe a mínima necessidade de existência dos CD's, em seu meio físico, atualmente. Há cerca de 4 anos não compro um CD. Os meus próprios CD's já não são tocados há tempos e mesmo assim nunca os escutei tanto: todos estão em mp3 e podem me acompanhar a onde eu quiser, no meu mp3 player.
O que nos leva à conclusão: mp3, compartilhamento de arquivos e todos esse downloads apenas beneficiam o consumo de música. Nunca se ouviu tanta música na história e nunca houve espaço para tantos artistas quanto hoje em dia.
Neste sentido, o mundo melhor para melhor. Apenas os donos das gravadoras (e alguns poucos artistas retrógrados e burros) não percebem.

Estamos no pós-revolução digital, mesmo que a maioria das pessoas ainda não tenha se tocado disso (e não saibam o que estão perdendo...).

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