segunda-feira, 25 de dezembro de 2006

minha lista

Depois da minha mera contribuição ao zeitgeist, o retrato cultural desta época, colhendo listas de melhores do ano pela web, chegou a vez da minha própria lista. Mas, primeiro, quero deixar claro que acho listas interessantes, porém a valorização das mesmas é de uma estupidez incrível. Como disse, elas servem apenas como um retrato da época e local em que foram feitas, refletindo o meio sócio-cultural em que o veículo/pessoa que a fez está inserido. Sério. Não é bla bla bla acadêmico. Acho que às vezes se pode ser sincero sem ter de recorrer ao vocabulário limitado e imbecilóide de vários blogs e sites.

Então, o que você pode fazer, de modo saudável, é analisar as listas abaixo (interrompidas apenas pela nota sobre a morte de James "I feel good" Brown) e tentar perceber que todas elas estão longe de definir o que é realmente bom ou não.
A arte tem um significado diferente para cada pessoa, e, a menos que você não queira pensar por si mesmo, deve buscar aquilo que mais lhe interessa e transmite algo.
Baixe uma música de alguma banda que lhe interesse à primeira vista e tire suas próprias conclusões. E sempre é bom lembrar: don't believe the hype (em uma lista esta seria a frase do ano...).

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A cada dia, levo pouco mais de 3 horas no trajeto casa-faculdade-trabalho-casa. Consideremos como 3 horas exatas.
Agora, considere que a média de uma música seja 4 minutos.
Ouvindo meu mp3 player durante 75% do caminho, daria uma média de 34 músicas por dia.
Eu trabalho no Cinema em Cena há 5 meses. 153 dias. 34 músicas por dia x 153 dias = 5202 músicas ouvidas neste período. Fora aquelas escutadas no trabalho ou em casa.

E por que todas estas contas? Bem, se em 5 meses eu ouvi no mínimo, realmente no mínimo, 5202 músicas, não seria completamente absurdo fazer uma lista com "as 50 melhores músicas do ano"?

Ou, se eu baixei 172 álbuns até o momento, desde 1 de janeiro de 2006, como fazer uma lista de "10 melhores álbuns do ano"? Ainda mais se você considerar a minha opinião sobre listas na parte inicial do texto?

Simplesmente não dá.

O que posso, e farei, é minha lista de indicações. Álbuns, filmes, vídeos, etc. Produtos culturais que tornaram a vida ao longo deste ao um pouco (ou muito, em alguns casos) melhor.

É fácil se perder em meio à tanta informação que vem até nós atualmente. Espero que esta lista ajude você a encontrar ao menos uma coisa que torne, na pior das hipóteses, pelo menos o seu dia um pouco melhor e mais divertido.

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Cartazes!
Quase todo mundo gosta de pôsters de filmes, então, por quê é tão difícil achar listas de "melhores cartazes do ano"? Eu simplesmente adoro cartazes e aqui estão alguns que valeram alguns minutos da minha atenção e contemplação ao longo do ano. Independente da qualidade do filme, é bom lembrar.

[repare que The Proposition (A Proposta) foi escrito por ninguém menos que Nick Cave. Sim, ele.]

Vídeos!
O clipe do OK Go na esteira e o de "sheena is a parasite" do The Horrors também estão na minha lista, mas você pode vê-los no post com os vídeos escolhidos pelo Pitchfork e Docopenhagen, por isso não coloquei os players aqui.
E nunca é tarde para relembrar, isto não é uma lista de melhores do ano!

Muse - knights of cydonia


Placebo - meds


The Flaming Lips - the yeah yeah yeah song


The Wolf Parade - modern world


¡Forward, Russia! - nineteen


Filmes!

O Grande Truque (the prestige) de Christopher Nolan
Filhos da Esperança (children of men) de Alfonso Cuarón
Fonte da Vida (the fountain) de Darren Aronofsky
Os Infiltrados (the departed) de Martin Scorsese

Álbuns!

Inside In / Inside Out, do The Kooks
Mr Beast, do Mogwai
So Divided, do ...And You Will Know Us By The Trail Of Dead
Give Me A Wall, do ¡Forward, Russia!
Black Holes And Revelations, do Muse

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Nos próximos posts farei uma resenha para cada álbum indicado, além, é claro, do podcast.
best of / cinema / musica / indie / filmes

2 comentários:

Anônimo disse...

perfect!, porem acredito que faltou os cartazes do filme 'smoking aces' que vai estrear ano que vem. mas de resto ta perfeito

Anônimo disse...

que bom que alguém gostou!